Pressão ideal dos pneus da start 160 com garupa

Cuidar direitinho da sua moto não é só para manter ela bonita, não. É uma questão de segurança, economia e até de dar mais tranquilidade na estrada, principalmente quando tem alguém na garupa. Um detalhe que faz muita diferença, mas muita gente esquece, é a calibragem dos pneus. Parece simples, mas esse ajuste muda tudo, principalmente quando a moto está com mais peso.

A moto muda de comportamento quando leva passageiro. O peso não fica igual e isso mexe com a forma como os pneus tocam no chão, pega na aderência nas curvas, e até no consumo de combustível. Se a calibragem estiver fora, a resposta da moto fica imprevisível.

No manual do fabricante, normalmente vem as pressões indicadas para cada tipo de uso. De cara, para rodar sozinho, costuma ser algo como 25 psi na frente e 29 psi atrás. Só que, com garupa ou bagagem, essas medidas mudam e precisam de atenção extra.

É fácil esquecer de olhar isso, ainda mais na correria do dia a dia. O problema é que pressão errada acaba com o pneu rápido, aumenta o gasto, dá mais susto nas frenagens e ainda bota a segurança do piloto e do passageiro em risco.

Vamos ver juntos como regular direitinho a pressão do pneu, entender onde achar essas informações no seu modelo e pegar umas dicas que realmente funcionam no dia a dia.

Por que a calibragem certa muda tudo?

Pilotar parece simples: só sentar, ligar e sair. Mas se fosse só isso, não teríamos tanta loja de peça e oficina por aí, né? O segredo está nos detalhes, como aquela checada rápida na pressão dos pneus.

Quando está baixa, o pneu perde formato e pode até escorregar numa curva mais fechada. Se passa do limite, ele fica rígido demais e gruda mal no asfalto — aí a moto escapa fácil, especialmente se precisar frear de repente.

Com o garupa, a situação fica mais exigente ainda. É mais peso, a traseira baixa, e a frente pode perder contato ideal com o chão. Por isso que os fabricantes sempre trazem uma tabelinha no manual mostrando os ajustes para cada situação.

Tem até estudos indicando que boa parte dos acidentes por perda de controle vem dessa falta de cuidado simples. Sem contar que, se você está levando alguém, o cuidado precisa ser redobrado. Quem pilota sabe bem como uma bobeira pode virar um susto.

Entendendo as informações de calibragem

Todo mundo já viu aquela sigla PSI na bomba do posto, mas nem sempre presta atenção. PSI nada mais é que uma medida de pressão, basicamente o quanto de ar tem dentro do pneu.

No caso das motos tipo Start 160, dá para achar as recomendações certinhas tanto no manual quanto num adesivo perto da roda traseira. Nas de 160cc, normalmente entra algo na casa dos 28-30 psi na dianteira e 32-34 psi na traseira. Para andar sozinho está bom, mas colocou mais peso, precisa corrigir.

E não é só peso extra que muda as regras. O calor do asfalto, a quantidade de uso e até aquele tempo mais frio de manhã cedo também fazem diferença. Por isso, a dica é: calibre enquanto o pneu ainda está frio, de preferência logo cedo ou antes de sair pro rolê.

Organizando o básico para calibrar sem erro

Ter as ferramentas certas à mão ajuda muito, principalmente para quem não quer depender só do calibrador do posto. Vale a pena ter:

– Um bom medidor de pressão (digital ou analógico, o que confiar mais)
– Compressor portátil ou saber onde tem um calibrador de confiança
– Um canto plano e seguro para mexer na moto

Se puder escolher, use sempre equipamentos revisados, porque calibrador todo desregulado faz mais mal que bem. Ah, e não esquece: calibrar em local quente ou sob sol forte pode dar diferença de leitura. Fazer isso logo de manhã evita dores de cabeça.

Antes de pôr o ar, vale uma olhada rápida no pneu. Vê se não tem bolha, prego, desgaste esquisito ou a válvula meio solta. Aquele tapa-olho rápido já salva de muita surpresa.

De preferência, deixe essas coisas sempre num lugar fácil de pegar. Vai por mim, quando vira rotina, você acaba nem perdendo tempo na hora de conferir, mesmo no corre do dia a dia.

Como calibrar o pneu da Start 160 com garupa

Agora, vamos para a parte prática. Seguir esses passos ajuda a não errar:

1. Confira o manual ou a etiqueta da moto para saber o valor indicado à sua situação. Alguns modelos já sugerem quanto aumentar com peso extra.
2. Com o pneu frio e moto parada num local plano, tire as tampinhas das válvulas.
3. Use o medidor e veja a pressão atual.
4. Se for andar com garupa, aumente de dois a quatro PSI principalmente no traseiro, pois ele recebe mais peso.
5. Coloque o ar aos poucos, de preferência verificando sempre após inserir um pouco a cada vez.
6. Não ultrapasse o máximo indicado pelo fabricante.
7. Espere uns dez minutos depois, confira de novo e anote o valor se quiser manter um controle mais certinho.

Se quiser checar, um teste prático ajuda: ande devagar por uns minutos, faça umas curvas suaves e veja se nota diferença no comportamento. Às vezes, um barulhinho ou a moto “chicoteando” já mostra que algo passa do ponto.

Como ajustar para mais peso e garantir estabilidade

Colocou passageiro? Lembre-se, a moto muda. O centro de gravidade vai para trás, a suspensão trabalha diferente e a aderência se ajusta. Por isso, aumentar entre 15 e 20 por cento a pressão do pneu traseiro costuma funcionar bem na maioria das situações.

Repare sempre:

– Como a moto faz curva, principalmente aquelas mais fechadas
– Resposta nas freadas rápidas
– Vibração ou “pulo” estranho na reta

Dá até para criar um caderninho e ir anotando os valores, datas e situações. Isso ajuda a fazer um ajuste fino na calibragem de acordo com o tempo, tipo de estrada e quantidade de peso extra.

Vantagens de calibrar direitinho

Economia é uma consequência feliz. Quando faz a calibragem certa, o motor trabalha menos, gasta menos combustível e as peças todas agradecem. Para se ter uma ideia, dá para economizar até 5 por cento de combustível só olhando isso com atenção.

O pneu dura mais. Para quem vive trocando pneu antes do esperado, olha aí um motivo. Andar com a pressão correta reduz o desgaste irregular e pode aumentar a vida útil em até 30 por cento. No fim das contas, é menos gasto com manutenção descendo todo mês.

E, claro, a maior vantagem está na segurança. Quem já passou por aperto em curva molhada ou numa freada repentina sabe o valor de confiar que os pneus vão segurar firme. Pequenas rotinas, tipo calibrar a cada quinze dias ou antes de pegar estrada, fazem toda diferença.

Fonte: https://motospace.com.br/